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sexta-feira, julho 30, 2010
O documentário “Uma na Bravo Outra na Ditadura”, do meu antigo professor (isto fá-lo parecer velho, mas não é…) André Valentim Almeida é uma agradável experiência. Quando comecei a vê-lo, percebi que se referia a uma geração criada ainda na década de 70. E refere. Mas o que eu não pensei era que eu – ingenuamente a encaminhar o meu ano de nascimento, 1980, para o futuro – tivesse tanto a ver com as pessoas entrevistadas, com os ambientes descritos e os hábitos que agora me parecem rituais de acasalamento dos dinossauros (‘tá bem, se calhar é “dinossáurios” mas não gosto do som). Revi-me num sem número de pormenores nostálgicos – sim, somos mesmo assim – e fealdades fabulosas e genuínas, pelo menos mais genuínas do que o tempo presente. Qual Facebook, qual carapuça!

O filme faz todo o sentido. O timing é perfeito, é a altura ideal para olhar para trás, particularmente para as décadas referidas. Numa época em que há tanta gente a ouvir La Roux sem saber quem foram os New Order, a usar malas retro, acessórios retro, a conduzir carros retro, faz todo o sentido. Acima de tudo, realça-se o sentido de humor, o cinismo com que a já referida nostalgia é tratada. Saudável. Muito saudável. E Pedro Ribeiro, acertaste na mouche (o meu Word quer que eu ponha “acertaste na mousse”, vá-se lá saber porquê), o Pisang Ambon fazia mesmo lembrar Tantum Verde.

Resta esperar que uma obra destas tenha espaço e tempo de divulgação.

Abaixo, está o trailer. Lá mesmo à beirinha, depois de clicarem, estará o filme, em duas partes.

trailer do documentário "Uma na Bravo Outra na Ditadura" from Andre Valentim Almeida on Vimeo.

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Damon at 6:45 da tarde

quarta-feira, julho 28, 2010

A Região Autónoma da Catalunha proibiu as touradas naquela província. Convenhamos que estes nossos vizinhos - não me atrevo a chamar-lhes "espanhóis" para não ferir susceptibilidades - têm coragem que chegue para os dois lados da fronteira. Atitude louvável e marcante. Esperemos que os ventos cheguem até zonas como Barrancos. E já agora à Assembleia da República.

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Damon at 6:47 da tarde

segunda-feira, julho 26, 2010



É assim. As pessoas, tal como os frascos de molho. O conselho do mundo dos adultos é: rejeitar se o botão central – onde quer que ele seja – estiver deprimido. No mundo dos adultos, as pessoas tristes são objectos indesejados, impróprios para consumo. Se entretanto saírem desse estado, então tudo bem, o que interessa é que riam e sobretudo façam rir. As pessoas no mundo dos adultos tal como os frascos de molho – baratos, práticos, descartáveis. Vou continuar a ver o “Where the wild things are” para aprender com as crianças, os monstros cabeçudos e o Spike Jonze que, no fundo, é uma mistura dos dois.

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Damon at 7:16 da tarde

domingo, julho 25, 2010

Há filmes de que se gosta. Depois, há filmes de que se gosta e que imediatamente ganham o direito a um pionés no mapa da compilação das nossas vidas. “(500) days of Summer” é um desses casos. Para além de estar extraordinariamente bem escrito; meticulosamente realizado; ter referências dignas de aplauso, em particular aos Smiths e aos Belle and Sebastian; contar com as muito credíveis prestações de Zooey Deschanel e de Joseph-Gordon Levitt, fez-me pensar. Demasiado, talvez. Comoveu-me. Demasiado, de certeza. Fez-me ter saudades de certos e determinados momentos – as incertas e indeterminadas coisas da vida. E pronto, ganhou direitos especiais na minha sala de cinema. Brilhante.

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Damon at 2:56 da tarde