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O que me magoa não é aquilo que tu fazes quando precisas de mim. O que me magoa é aquilo que tu não fazes quando não precisas de mim. Damon at 1:42 da manhã Aves que somos, desejando voar Em céus onde as nuvens sejam raras E brancas, não cinzentas Como a vida depois do fim, Transformada em poeira. Somos pássaros, cantando A memória de um fim de dia, Livres na melodia que inventámos Sem ter consciência, Como um segredo que nos escapou Dos lábios quando sorrimos. Posso voar ao teu lado? Abrir as asas e tocar-te, sentir o vento E a maciez calma da tua alma viajante, Posso esperar por ti quando o Sol se começar a pôr, Para que cheguemos juntos ao horizonte, Para que as crianças nos vejam e apontem, sorrindo, O seu futuro? Meninos que fomos, aves que somos, Sinto-nos tão perto, por vezes, Quando viajo (e até com os olhos) nas montanhas Que ergui aos bocadinhos para te dar, Quando sobrevoo o mar que enchi de corais E algas e dunas onde pudéssemos pousar, Quando o vento me refresca a saliva E me faz desejar ser livre, apenas preso à liberdade De amar. Damon Durham. Damon at 6:42 da tarde
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |