lkkk
lkjhg
cançao do momento: radiohead, «talk show host». Nao há água cá em casa. Um cano qualquer rebentou e agora caem pingos do tecto e da torneira… nada… Deve ser por isso que estou chateado… Ou porque a minha Internet é um valente excremento… Ou porque me apetece ver um filme e a sala já está (muito) ocupada… Ou porque quando me apeteceu ir passear o Jivago, começou a chover… Ou porque me esqueci do caderno na empresa e agora nao posso fazer o alinhamento para o concerto… Ou porque me apetece gravar cd’s e tenho o gravador avariado… Ou porque as tardes agora sao exclusivas para outras actividades que nao aturar-me… Ou porque estao quase a começar as aulas… Ou porque vou ter que andar a tirar os acentos todos a este texto senao vai ficar tudo cheio de ~~~~… Tens razao. Tornei-me um tipo tao rezingao que até a brincar pareço chateado. Mesmo quando estou bem-disposto, parece que ninguém nota. Deve ser porque estou chateado por nao estar sempre assim, bem-disposto. Sou um dos velhos dos marretas, nao é verdade? O último poema que pus no blog, escrevi-o com um sorriso nos lábios, pleno de ironia. Agora que o releio, parece que estava com uma neura quando o escrevi… Tenho mil e uma desculpas para estar chateado mas sao isso mesmo, desculpas. O pior é que as vezes já nao sei agir de outra forma. Parece que desaprendi a brincar. Acho que é a isso que se chama «ser adulto»… Até nem estou chateado, neste momento… A sério! Olha, foi golo do Benfica no CM… Há uns anos, era capaz de telefonar a um amigo para celebrar… Que chatice! Empataram. Damon at 4:49 da tarde
Mentiroso! Eu sou um mentiroso Daqueles que nao podem Com uma galinha pelo pescoço. Eu sou um mentiroso Daqueles que viajam pelo espaço, Nao perdem tempo Em filas de autocarro, Viajam mais do que o trânsito E do que o comandante Cousteau. Mas foi uma nave discreta Que me deu boleia até aqui, Foi uma nave pouco concreta Que me deixou em frente ao mar, Onde me sentei e fiquei Eternamente a sonhar. Por isso, Eu sou um mentiroso Daqueles que enganam a fome Com um amargo de boca. Sou um aldrabao. Expiro pedaços de nada, Papéis riscados Onde alguns l?em poemas, Mentirosos como eu, Toda a gente sabe Que os pais do défice S?o os poetas. Eu sou um mentiroso Daqueles que viajam pelos passos Que se desenham na areia E é no Inverno que vao ? praia, Há quem diga Que buscam no horizonte Novas mentiras para contar. Há quem diga Que esperam um barco com os olhos, Um veleiro sem destino, Que vem de um país inventado. Eu sou tao mentiroso Que ?s vezes acredito Nas mentiras que conto. Sou um mentiroso, Mas nao sou tao prepotente Como o Sr. Presidente. Damon Durham. Damon at 2:47 da manhã
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |