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Já li os livros todos do José Luís Peixoto. Fico ansiosamente à espera do próximo. Entretanto, devo dizer que os livros dele vão muito bem com uma caneca de chocolate quente numa noite de inverno. Quem escreve assim e mantém a humildade intacta, merece ganhar o dinheiro que recebem algumas pessoas que se julgam escritoras e andam de nariz rente ao céu... Mas quem escreve assim, também não o faz por dinheiro. Damon at 4:23 da tarde
O mar lá ao fundo. Pequenas luzes flutuam sobre a sua frescura. São barcos que não levam sonhos, pelo menos, os meus. Os meus sonhos ficam. No dia em que os perder, o mar lá ao fundo há-de receber-me nos seus braços de onda e entre a espuma hei-de perder-me, hei-de fazer amor como fazem os loucos – os que se apaixonam – e beber o sal que me há-de levar até à outra margem a contar da superfície das águas. O som do mar como pano de fundo. Como banda sonora. Como os lábios que segredam coisas impossíveis, memórias que não tenho e quero ter. O som do mar como voz de mãe que me adormece, que me aconchega nos lençóis de areia e espera que seja a brisa a dar-me o beijo de boa noite. Tu, amigo, foste embora. Porque tinha que ser. Porque era preciso. Agora a cadeira serve de corpo para o meu casaco cobrir. A cadeira é o ser que o meu casaco protege do frio. O ser que o seu forro macio acaricia com cuidado. O frágil som do mar. A força das ondas que se distanciam. Talvez regressem mas eu não as vejo. Apenas as sinto. E elas envolvem-me nas suas marés. Damon at 7:09 da tarde
Damon at 12:14 da tarde
Damon at 12:08 da manhã
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |