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Cristais Jorram cristais das fontes, Invadem-me os lábios, A acidez corrompe-os, Gritam o teu nome onde não deviam. O líquido desenha-me Novas faces, um novo rosto, E o outrora branco das fontes É vermelho como o rio em que vivo. Lembras-te de ter um ideal, Desenhar nas nuvens o ser perfeito, E depois rir da impossibilidade do sonho, «Não existe ninguém assim...» Reconheci-te no primeiro dia, Quando as flores ainda eram verdes E os frutos que eu colhia Cresciam das prateleiras do supermercado. Eras tu. Afinal, eras tu, longe das nuvens. Jorram cristais afiados das fontes, Brilham e afagam-me a pele em cortes, Sublinham o mirrar dos lábios, O lavar dos cestos depois da vindima. Que vindima? As uvas murchas Como os sonhos... Apetecia-me entender, A sério, era esse o meu desejo, Mas não encontro verdade na mentira, Não há lugar para mais essa contradição no meu ideal. Os cristais jorrarão Até que eu me sinta Cego e seco Ou são e salvo. Damon Durham. Damon at 9:10 da tarde
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |