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Quando choro, tenho olhos de velho. Dizem-me que nao devia chorar, «nao é coisa de macho». E tem razao, é coisa de humano. Por isso, sou um ser que chora, de vez em quando. Mas o que eu queria era que, tendo em conta a inevitabilidade das lágrimas, eu n?o ganhasse essas olheiras, essas rugas de trapo e esse esgar agudo de aperto no peito. Nao queria ter olhos de velho, quando choro. Queria ter aquela expressao dos bebés, que também choram, mas conservam nas faces a pele tenra de quem sabe que as lágrimas secam e que basta um brinquedo ou uma cançao para que tudo fique bem. Queria ter a inocencia de achar que tudo muda. Para melhor. Damon at 7:37 da tarde
Voa como um pássaro Daqueles cujas penas Desenham no céu O nascer e o por-do-sol, O arco-íris que alivia a tempestade, O supremo sorriso das pétalas de chuva. Voa como as aves Que me confiam um rumo, Inocentes e sábias, Sabem apenas que voam sempre Para algum lugar, Por mais longínquo que seja E nunca se esquecem Do ramo onde repousa o seu ninho. Abre os teus olhos, lá em cima, Abre-os como se abre a janela, de manh?, Para ouvir as cançoes do mundo, Ve-nos cá em baixo, pequeninos, Atarefados, desejosos por voar como tu. Abre os teus olhos, lá em cima, Limpa com eles o céu, Dá-nos dias azuis, horizontes de luz, Lanternas nocturnas Que contam segredos Em código morse, intermitentes. Mas regressa. Quero que me contes Quantas nuvens s?o precisas Para guardar os teus sonhos. Damon at 1:03 da manhã
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |