lkkk lkjhg
quarta-feira, dezembro 20, 2006
Coisa feia, um homem que chora. Inadmissível, então se for um adulto… E logo alto, robusto, de barba rija e apontada para a frente, firme e hirta. Ainda mais infame se tivermos em conta que estamos em pleno século XXI, quando um sorriso se traduz por dois pontos e um parêntesis fechado que nunca se abriu e a uma piada bem contada se responde com um «lol».
Um homem que viaja com os amigos, também eles homens, por uma estrada sinuosa no meio do verde, em busca do descanso de um domingo. Depois de uma curva, uma varanda perfeita para o rio Douro que, silencioso, lembra a todos a chuva que pode vir mas também todas as praias das suas margens. Pára-se o carro na berma de pedra esburacada pela erosão. Abrem-se os olhos para a percepção de que não precisamos assim tanto do estrangeiro para ver paisagens bonitas. Ali mesmo, à nossa frente, se desenham cheiros e melodias, estórias e história. (ler resto aqui)

Damon at 10:34 da tarde

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Sentei as palavras num café, de manhã, para fugir ao vício dos dias a começar à tarde. Pedi um croissant aquecido, com manteiga e uma garrafa de UCAL, de onde jorram sempre memórias que sabem bem, nesta altura do ano.

Pensei em presentes. Pediram-me uma lista, crença desesperada de que o Pai Natal ainda esteja vivo. Também as peço, de vez em quando, e talvez seja assim que um pouco erradamente ele sobreviva.
De uma forma mais do que certa, também sinto a sua falta sob a forma de um sorriso de olhos grandes e carinhosos. Penso nisso. Sinto a mais lusitana das palavras e talvez uma ou outra de um dicionário um pouco mais vulgar mas nem por isso mais banal.
Penso também num Natal que adormecia, moribundo, desde há um ano, e que quer fazer força para se aguentar de pé, como eu queria e como ela quereria. Depois de nos despedirmos fisicamente, da revolta e da guerra, eis que dois novos seres se aproximam para dar esperança ao mundo (pelo menos, ao que cabe dentro de minha casa) mas nunca para a apagar de nós. Abro-lhes as portas como abro as janelas ao sol.


Damon at 12:18 da tarde