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quinta-feira, novembro 11, 2010
Não está a ser fácil reabituar-me à vida em Portugal. Esforço-me todos os dias por apreciar o país. Sou bem-sucedido em certos aspectos: o rio Douro, as castanhas assadas, o jardim da minha casa, os pastéis de nata e o café. No entanto, com as devidas – muitas excepções – o facto de sermos um povo estúpido – sim, eu disse estúpido – não ajuda em nada o ex-emigrante a gostar do regresso a casa. Aqui há dias confessei que, caso tivesse muito dinheiro, compraria a floresta atrás de minha casa para a transformar num parque público. Ontem passei por lá. Fiquei satisfeito por saber que alguém, certamente um altruísta, se lembrou de lá pôr uma sanita. O primeiro passo foi dado para construir as infra-estruturas necessárias ao funcionamento do parque. Mais à frente, não querendo soar mal-agradecido mas achando que talvez seja um comodismo exagerado, reparei que alguém tinha instalado uma televisão numa clareira. À volta, todo o tipo de materiais de construção, provavelmente doados por um empresário responsável, para que construamos um abrigo para a chuva. Bonito.

E nem vale a pena referir a educação cívica dos portugueses ao volante, pois não? Alguém contesta a minha afirmação de que somos um povo estúpido (ESTÚPIDO)? Bem me parecia.

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Damon at 12:35 da tarde

terça-feira, novembro 09, 2010

Algumas pessoas surpreenderam-se perante o meu interesse no filme “A Rede Social” (“The Social Network”) de David Fincher. A verdade é que a insistência em não ter a minha cara no facebook me aguçou ainda mais a curiosidade. A assinatura do brilhante Fincher ajudou à festa, claro. O fenómeno aparece no filme tal como eu o imaginava: algo que começou pura e simplesmente como uma maneira fútil de mostrar caras, comparando-as e atribuindo pontuações a cada uma delas. O progresso fulminante de Zuckerberg e amigos (?) começa por ser difícil de acompanhar, tal a velocidade a que a acção se desenrola mas mais uma vez retrata na perfeição o que se passou na realidade. O trabalho dos actores é bom, em geral, sem ser extraordinário. Apesar de ter gostado, nem por isso mudei de ideias: vou continuar out…

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Damon at 7:08 da tarde


Ando viciado nos Chairlift. Tomei conhecimento da banda americana através de um programa de televisão chamado “Live from Abbey Road”. O seu primeiro álbum, “Does you inspire you?” não pára de rodar no computador e no leitor de MP3. É a melodia simples mas não demasiado gasta, como acontece com grande parte das bandas na fronteira entre a pop e a música indie, mas é principalmente a Caroline Polachek: bela, sensual, com uma voz expressiva e infinita, das tais que obrigam a fechar os olhos. Aguarda-se com ansiedade o segundo álbum que, segunda a Caroline – bela Caroline – já está a caminho.

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Damon at 6:55 da tarde