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Já nao conto os segredos Já nao conto os segredos Através das palavras. Ninguém me quer ouvir quando falo, Ninguém se atreve a escutar Os vocábulos arrogantes que discursam Nos meus lábios. Os tempos mudaram, meu caro. Comunicar é agora uma espécie De entretenimento, uma diversao Para preencher o espaço vazio Entre a estante com livros de enfeitar E o móvel da televisao. As conversas mudaram, meu caro. Dialogar é agora fazer rodopiar as vozes Como se fazia aos piões No tempo em que se brincava; É cacarejar gargalhadas gravadas Das séries de humor tristes. E já nao se ri como dantes... Ri-se muito mais... Sem cansaço, sem pensar, «Sem alarmes e sem surpresas»... Nao me consigo encaixar nesse puzzle. A minha língua junta-se agora ao latim, Assassinada por homens que se fazem passar Por Ghandi’s de calças de ganga E camisola às riscas E que em vez de palavras, deitam fumo pela boca E riem como se ri no século XXI, Che Guevara’s insufláveis, de sentar no sofá... Os tempos mudaram, meu caro. Por isso, eu nao conto os segredos Através das palavras. Ainda há quem oiça com os olhos. Como nós, meu caro. Eu acredito que sim. Senao, Mato os segredos com saliva Geneticamente modificada. Damon Durham. Damon at 4:19 da tarde
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |