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A fala As palavras, Os nossos pés mergulhados No fundo transparente, Sentindo nos ossos o sal líquido E a efervescência. A fala inocente, O corpo humedecido, brilhando Aguardando que o Sol o escureça E entretanto, a língua falada, Dos olhares à partilha das frases. Viemos parar a esta praia Porque tinha de ser, Demos aos pés o direito A refrescarem-se por instantes E só então nos lembrámos de falar. Só então nos lembrámos do pôr do Sol, Do azul do céu e das marcas dos nossos pés na areia Fina e dourada, Já que as deixámos pelo caminho, Já que ficaram por lá a marcar a nossa presença momentânea, Já que existimos, Partilhemos algo mais do que o silêncio. Então, as palavras, Percorrendo o ar entre as nossas bocas, Bálsamo, analgésico, anti-pirético, antibiótico, Loção para a pele, já que aqui viemos parar, Deixemos que a nossa pele se misture, Que as nossas cores se confundam. Já que aqui estamos, Falamos. Há muitas maneiras de falar. Damon Durham. Damon at 5:13 da tarde
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |