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(strange isn't it?) Dark as the bite There was an old man reading The Raven, He sounded like thunder, his eyes like rain, I guess I'll never meet anyone like him again... We looked like the sleepless nights We had spent, looking for the corner's end, Stuck in a wisdom nobody wanted to own. Yes we were dark as the bite, The vampire drank too much tonight, He might say a few words to the press, He might let them last. There was a railway that led to emptiness And the trees were trembling like naked bodies Stuck in a Russian lake, what a big mistake... An old lady sang the blues for us, She sounded mad, but nobody really noticed, We were all relatives in this wintry family. Yes we were dark as the bite, The vampire may have drunken too much, tonight, But he might say a few words to depress, He might make us feel worse... He is the father to all of us. Damon Durham. Damon at 6:43 da tarde Na primavera inglesa, na cidade onde 23 anos mais tarde Real Madrid e Manchester United jogariam os quartos-de-final da Liga dos Campeões, um mês antes do suicídio de Ian Curtis, perto do sítio onde os Joy Division dariam origem aos New Order, os primeiros sinais chegavam. Quase ninguém dava por isso. Num hospital de esperança, cheio de enfermeiras irlandesas, sardentas e brancas como as batas que acariciavam a pele delicada dos bebés, alguém batia à porta, pedindo para viver em liberdade, por alturas do 6º aniversário da Grande Revolução. No meio da alvura das peles britânicas, surgiria, por volta das nove e meia, um sujeito moreno, pouco chorão, que viria a ser adepto do Benfica e do clubezito da terra, o Manchester United, e que haveria um dia de querer escrever nessa misteriosa língua - o português. Um casal de emigrantes haveria de sorrir, ignorante do que haveria de ter que aturar, mais tarde, quando o puto se recusasse a comer fígado ou peixe cozido. 23 anos depois, uma dessas enfermeiras irlandesas, de nome Beatrice Connolly, haveria de se lembrar ainda do miúdo que nascia e recordar a data com o envio de um postal com imagens de um jogo de rugby entre as selecções inglesa e escocesa. 23 anos mais tarde, «There is a light that never goes out», dos The Smiths, lembraria ao puto o orgulho da sua cidade natal. Passou tanto tempo, mãe... Enquanto o miúdo apagava as três velas de um bolo rodeado de gente, nascia no Porto uma bebé, certamente bonita, definitivamente promissora. O destino haveria de querer que estes dois seres se conhecessem, estes miuditos que entretanto cresceriam, a quem a roupa deixaria de servir, que aprenderiam a jogar futebol, a ler e a escrever... ele descobriria o azul do céu; ela reinventaria o roxo... Por caminhos distintos haveriam de ir ter ao mesmo local. Muito prazer em conhecer-te, digo-te eu agora. Abre os braços e agarra um pedacinho de céu. Esta noite, pega numa estrela e usa-a como farol das recordações do passado e, sobretudo, de todos os sonhos do futuro. Este dia é nosso! Damon at 2:08 da manhã Damon at 1:34 da manhã
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |