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cançao do momento: green day, «wake me up when september ends» Tram 25 Atravesso a ponte Já o Sol faz a cama onde se deita. Subo todos os andares De todas as torres que se erguem Como casas de papel a tres dimensoes, No quadro a minha frente. E sobre os carris, continuo. Entras na próxima estaçao, Sobrevoando o chao em passos leves, De olhar baixo, para nao acordar os sonhadores E nao lhes desviar os caleidoscópios Para sonhos mais difíceis de concretizar. Aproximas-te. Sabes que ao meu lado Nao há rio que te leve, Regime que te oprima Ou velho viagradependente que te assedie Com estalidos da língua obscena. No prenúncio da próxima estaçao, Misturamos as cores, A escuridao dos meus olhos Pede alguma luz emprestada A serenidade dos teus E, a partir daí, em micromomentos, Colhemos frutos e flores Nas margens de cada um de nós. Sorris, mas és tímida. Talvez para nao desvendar O pequeno arame que te prende os dentes, Indicando-lhes um caminho para crescer Na sua juventude desencontrada. Nao faz mal. E encolhes os ombros Num arrepio súbito, Como se sentisses os beijos Das minhas maos no teu pescoço. Estamos quase a chegar. Saio na próxima paragem E vou visitar museus e palácios E lojas de recordaçoes. Por entre os teus lábios, Oiço-te dizer: «Corre comigo, Apesar de teres as pernas em chamas. Dança, pega em mim ao colo, Eleva-me aos astros mais serenos, Também eles feitos em fogo. Ama-me, Apesar do teu coraçao Nao ser mais do que um céu choroso, Uma arma que, a qualquer momento, Pode disparar contra si própria E fazer chover As palavras erradas.» E eu? Eu sou um turista, Uma nuvem que rasteja e vai embora. Hao-de passar muitas épocas altas Até que nos encontremos de novo. Praha, 28-8-05. Damon at 7:46 da tarde
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |