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Hoje de manhã, depois ouvir a canção “Benfica”, de Panda Bear, dos Animal Collective, foi-me sugerido pelo YouTube recordar, em resumo alargado com direito às pérolas de Gabriel Alves, o 3-6 do Benfica contra o Sporting, em Alvalade, em Maio de 94. Valeu a pena, não só pela memória de João Pinto a marcar golos com a camisola do Benfica, mas também – e principalmente – por uma frase que é pura poesia. E não. Não foi o Gabriel Alves. Foi do Vítor Correia, o bigode mais imparcial da arbitragem portuguesa – em oposição ao Martins dos Santos, cuja imparcialidade se resumia à escolha entre azul ou branco. Esta frase – ó ninfas do Tejo – merece ser título de romance promovido a priori à categoria de clássico: “Carga perigosa nas axilas de Cadete.” Se ele se refere à carga escondida nos sovacos do ex-ídolo do Celtic, isso já não sei. Mas lá que é bonito, é. Mainada. Etiquetas: axilas, cadete, futebol, vítor correia Damon at 1:49 da tarde Estes dois carros estão sempre parados à porta do meu prédio. E sempre com um lugar vago entre eles. Na opinião dos meus vizinhos, pertencem a alguém que raramente conduz; a meu ver, estão lá para me fazer pensar. Nomeadamente no que “SOU” e no que “FUY”, com “Y”, o que talvez ainda seja mais doloroso. Lembram-me que há um lugar vago entre o meu passado e o meu presente, a maioria das vezes à sombra. Normalmente atravesso a rua de forma a passar entre os dois, comparando-os. O facto de ter sido um Volkswagen Passat, robusto embora económico, e ser agora um Fiat Cinquecento, frágil mas prático, não me incomoda por aí além. O que me incomoda mais é o terceiro carro, um que dificilmente vou encontrar por aqui, o “SEREI”. Etiquetas: carros, inglaterra Damon at 7:09 da tarde
VER AQUI Já sabia que dificilmente o meu guarda-redes português preferido (e o mais detestado pelos seleccionadores nacionais – a par de Baía, no caso de Scolari) continuaria no meu clube. Afinal, todos os anos o Quim era dispensado, segundo a imprensa. Alguma vez acabariam por acertar. Pelo menos, foi para dar lugar – e que chorudo lugar – ao guarda-redes suplente do Atlético de Madrid. Assim, uma das poucas posições que não tinha ninguém a falar espanhol vê finalmente atingido esse objectivo – aparentemente uma prioridade para a direcção do Benfica. Quanto ao George Lucas, bem, essa é que foi a surpresa. Impossibilitado de contratar o mesmo número de estrelas – que falem espanhol, claro – que os chamados “grandes”, o Sporting de Braga apostou tudo em levar para o Minho o realizador, produtor, etc. d’ A Guerra das Estrelas. Algo de que Quim também pode beneficiar, visto que no Benfica nunca fez guerra – e vejam no que resultou – e também nunca foi estrela, apesar de brilhar mais do que a maioria dos guarda-redes da liga. Damon at 6:48 da tarde
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |