lkkk lkjhg
quarta-feira, maio 31, 2006
Chamo-me cão. As pessoas preferem «Bobby», «Snoopy», «Timbuktu» ou «inserir-nome-de-personagem-televisiva» porque acham que soa melhor, isto porque os seres humanos são extremamente complicados, depois falam da nossa vida como se fosse a pior coisa do mundo. Olhem para o brilho dos nossos olhos e percebam que aproveitamos bem melhor do que vocês as oportunidades que nos dão para sermos felizes. Espreitem para ver como é simples pôr-nos a abanar a cauda e a agradecer na nossa língua pequenos gestos que pouco esforço exigem aos vossos braços. Chamo-me cão, assim, simplesmente, porque não sei outra língua, a minha varia pouco – boca mais aberta ou mais fechada, rugido mais forte, latido derretido, uivo na hora do lobo. (ler resto da crónia aqui)

Damon at 3:39 da tarde

terça-feira, maio 30, 2006

«Você é A Cabana. Você é o típico melancólico, que gosta de pensar e repensar na vida. Romântico, adora cenários intimistas e pela-se pela doce amargura de um coração partido.»


Damon at 12:39 da manhã

segunda-feira, maio 29, 2006

Não sei para quem escrevo, hoje

Não sei para quem escrevo, hoje.
Se para a espuma que canta as mágoas
No lugar onde outrora eu cantei os meus sonhos
Em silêncio;

Se para os seres pensantes que,
Como eu, se sentam umas horas
Numa esplanada de madeira rangente
E fingem que descansam;

Se para os reflexos perfeitos
Moldados no espelho onde as faces
Se sobrepõem: as que não suportam
Ficar longe do mar (cá fora) e as
Que não suportam ficar longe da lareira (lá dentro).

Sei que não escrevo para ti, hoje,
Porque as musas poéticas também precisam de férias
E eu definitivamente não quero atrapalhar a minha.
As musas poéticas, quando se chateiam,
Conseguem dissolver todos os versos de papel
E fazer estalar o cristal das ideias que ainda não foram
Devidamente acariciadas.

Pequenos pássaros percorrem a areia aos saltos,
Levam no bico pequenos alimentos
E nas asas a vontade de sonhar.
Talvez seja para eles que eu escrevo, hoje.

sei que escrevi este poema num dia frio... a referência à lareira não tem, definitivamente, que ver com os dias que correm...

Damon at 1:39 da manhã