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Chamo-me cão. As pessoas preferem «Bobby», «Snoopy», «Timbuktu» ou «inserir-nome-de-personagem-televisiva» porque acham que soa melhor, isto porque os seres humanos são extremamente complicados, depois falam da nossa vida como se fosse a pior coisa do mundo. Olhem para o brilho dos nossos olhos e percebam que aproveitamos bem melhor do que vocês as oportunidades que nos dão para sermos felizes. Espreitem para ver como é simples pôr-nos a abanar a cauda e a agradecer na nossa língua pequenos gestos que pouco esforço exigem aos vossos braços. Chamo-me cão, assim, simplesmente, porque não sei outra língua, a minha varia pouco – boca mais aberta ou mais fechada, rugido mais forte, latido derretido, uivo na hora do lobo. (ler resto da crónia aqui) Damon at 3:39 da tarde «Você é A Cabana. Você é o típico melancólico, que gosta de pensar e repensar na vida. Romântico, adora cenários intimistas e pela-se pela doce amargura de um coração partido.» Damon at 12:39 da manhã Não sei para quem escrevo, hoje. Se para a espuma que canta as mágoas No lugar onde outrora eu cantei os meus sonhos Em silêncio; Se para os seres pensantes que, Como eu, se sentam umas horas Numa esplanada de madeira rangente E fingem que descansam; Se para os reflexos perfeitos Moldados no espelho onde as faces Se sobrepõem: as que não suportam Ficar longe do mar (cá fora) e as Que não suportam ficar longe da lareira (lá dentro). Sei que não escrevo para ti, hoje, Porque as musas poéticas também precisam de férias E eu definitivamente não quero atrapalhar a minha. As musas poéticas, quando se chateiam, Conseguem dissolver todos os versos de papel E fazer estalar o cristal das ideias que ainda não foram Devidamente acariciadas. Pequenos pássaros percorrem a areia aos saltos, Levam no bico pequenos alimentos E nas asas a vontade de sonhar. Talvez seja para eles que eu escrevo, hoje. sei que escrevi este poema num dia frio... a referência à lareira não tem, definitivamente, que ver com os dias que correm... Damon at 1:39 da manhã
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |