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quarta-feira, setembro 27, 2006
Pareces maluco quando corres para mim, atabalhoado e sem olhar a perigos, como se a distância que nos separa fosse a última antes de um longo adeus; como se, de cada vez que chego a casa, regressasse de uma guerra no Oriente. Mas tu não sabes nada de guerras no Oriente, nem de ultimatos do Ocidente, nem do tempo que uma bala demora a percorrer o ar até se cravar num objecto que até pode ser de carne. Felizmente, não sabes. Concentras em ti o último reduto de ingenuidade bonita, a última esperança de poder salvar o mundo (pelo menos o meu, que tenho a sorte de te ter) está na inocência dos teus olhos muito vivos, no impulso das tuas patas quando me sujam a roupa toda para me roubar uma bola amarela que seguro nas mãos. Não uma bala, uma bola. As balas são para gente inteligente… (ler resto aqui)

Damon at 8:01 da tarde