Esta semana, na liga principal do futebol português, os eternos candidatos ao título tiveram sortes variadas. Cada um com seu resultado. Cada um com suas contas para fazer. Na sexta-feira, após o empate vazio entre Benfica e Boavista, o Sr. Azul apressou-se a ligar ao colega de trabalho, o Sr. Vermelho, para, fazendo uso da lendária rivalidade entre clubes, dar umas beliscadelas inofensivas de provocação, umas bocas sem maldade – desdentadas, como tal, sem magoar ninguém. No dia seguinte, não é que o F.C. Porto, clube do coração – e de todos os órgãos vitais – do Sr. Azul, resolve pregar-lhe a partida e, num desleixe à vista da praia, permite ao Estrela da Amadora o golo da vitória quando já todos se contentavam com o empate pouco satisfatório. Escusado será dizer que, ao dirigir-se para casa, o Sr. Azul pensava já no que o esperava. E não esperou muito. Ainda mal tinha aberto a porta, já choviam mensagens de telemóvel, devolvendo as provocações da noite anterior. Claro que todas tinham o mesmo emissor – o Sr. Vermelho, feliz da vida por poder rir um pouco com o mal dos outros. Como se não bastasse já a confusão colorida, outro colega de trabalho, o Sr. Verde, tinha deixado, no gravador do telefone caseiro, uma quantidade hilariante de provocaçõezinhas, o que levou o Sr. Azul a declarar-se oficialmente «aborrecido» e quase o fez decretar um «black out» temporário contra os dois colegas. No dia seguinte, foi a vez do Sr. Verde apanhar um susto quando o Nacional da Madeira parecia encaminhar-se para a vitória e se temiam, para aqueles lados, as perigosas brincadeiras dos colegas de outras cores. Salvou-o a reviravolta no marcador. Chegou a manhã de segunda-feira e, como de costume, chatearam-se logo ao pequeno-almoço, porque «aquilo era penalti!» ou «o Idaelson Pernambucano estava fora-de-jogo!» ou «foi falta porque o guarda-redes tinha os boxers à mostra!». (ler resto aqui) Etiquetas: vida animal Damon at 5:22 da tarde
canção do momento: the good the bad and the queen, «80's life» Sentimento imperfeito
Etiquetas: poema Damon at 5:02 da tarde
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |