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quinta-feira, setembro 25, 2008
My blueberry muffin...

Tenho andado com saudades dessa especialidade gastronómica anglo-saxónica. E ainda que seja um apreciador confesso do dito “queque”, admito que o facto de o associar a momentos e locais específicos tem um peso considerável na minha nostalgia:

- no Tesco’s, em Inglaterra, retirados de um cesto e postos em sacos de plástico para depois serem comidos num banquinho de Hyde Park, Holland Park, Lightoaks, etc.;

- no Starbucks, em Nova Iorque, perto dos escombros do World Trade Centre, numa pausa rara, entre o metro e o path para New Jersey;

- noutro Starbucks, em Barcelona, perto da Praça da Catalunha, ansioso, fazendo tempo para ir até à Ronda de la Universitat, ao fim da tarde.



Também ando hoje a ouvir demasiado a “Peeping Tom”, dos Placebo. Aquelas linhas “I’m faithless, I’m scared” batem nas paredes num ricochete constante. Nunca vão embora. Vão embora. Embora.

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Damon at 11:12 da manhã

terça-feira, setembro 23, 2008

canção do momento: monaco, "sedona"

Não me apetece beber leite espanhol. Não depois do episódio insultuoso de ontem, na Galiza, onde se viram rios de leite português – e que fosse sérvio, bangladeshi ou guatemalteco – correndo em rio pela estrada fora, com a conivência – e algo mais – dos produtores da zona, que protestavam ali ao lado contra a importação desse alimento a partir do nosso país. O leite é um bem essencial, pelo qual choram milhões de pessoas por todo o mundo. Este tipo de protesto revolta-me, dá-me vontade de tudo menos de me solidarizar com os manifestantes. E em abono da verdade, é bastante frequente no nosso país vizinho.
Por outro lado, imaginem o que seria se boicotássemos tudo o que importamos de Espanha?...


V. S. Naipaul escreve bem que se farta – pudera, estamos a falar de um Nobel. Mas o que importa realçar é a simplicidade da sua escrita – simples, não básica. A impressão que me dá é que, em Portugal, um escritor que escreva de forma simples só é elogiado se for estrangeiro. O Eça já lá vai, agora confunde-se simplicidade com a banalidade de uma Margarida Rebelo Pinto – entre outras vedetas. Elogia-se imenso alguém que dá a volta ao texto de tal forma que mal se percebe e ainda menos se sente o que lá está. E vamos andando pelos caminhos movediços do pseudo-intelectualóidismo. Leiam “Miguel Street”.

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Damon at 3:08 da tarde