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canção do momento: brett anderson, "to the winter" Um saxofone pegajoso cola-se-me aos ouvidos. Dá boleia à voz de dor de dentes de Brett Anderson. Adoro esta voz e as lágrimas que me provoca. Adoro a aspereza dos poemas atrapalhados, amargos e atrapalhados, como quem precisa urgentemente de fazer sangrar uma veia. Vinte para a uma – e não uma e vinte como no relógio do costume – e não arranjo coragem para me ir deitar e ainda ao jantar jurava a mim próprio que ia para a cama cedo. Escondi as desistências num filme, um daqueles onde nunca ninguém está sozinho. A não ser o espectador. Esbocei entusiasmo na recta final da autobiografia de Ingmar Bergman. Li as últimas páginas, interiorizei e o entusiasmo já era. Fiz pesquisa para um possível romance, brincando aos escritores fiz de conta que a amargura serve para alguma coisa, neste caso, de inspiração. E não resisti a este apelo. Nesta altura, o saxofone deu lugar ao piano. Cada um no seu canto. Sozinhos. A voz do Brett Anderson continua dorida e dolorosa. Adoro a dor da voz dele. Uma pessoa habitua-se. Etiquetas: brett anderson, desabafos, inglaterra Damon at 12:49 da manhã O tema é quente. Para todos e para quem, em especial, se prepara para regressar a um país onde nunca viu um contrato. Expectativa pouco convincente: será que o facto de ter um mestrado vai resolver o problema? Mmmm… A meu ver, há um problema de base, que tem a ver com a filosofia do patronato português - Estado incluído. A busca do lucro fácil, a ignorância de questões básicas como o relacionamento com os trabalhadores ou a motivação dos mesmos, fazem com que esta exploração corra mal para os dois lados. Tenho 30 anos, sou licenciado, tive vários empregos antes de deixar Portugal para tirar um mestrado e investir na vida. Nunca vi um contrato, apenas os malditos recibos verdes. Nunca - ou quase nunca - me senti motivado. Por onde passei, a maioria dos meus colegas estava na mesma situação. Como é que a empresa podia lucrar com isso? Falta de visão, é o que vos digo. Em Portugal, há muito "chico-esperto" e muito pouco "chico-inteligente". Etiquetas: economia, emprego, precariedade Damon at 3:06 da tarde Etiquetas: fascinante, sabonete Damon at 6:03 da tarde
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |