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Canção do momento: The Flaming Lips: «In the morning of the magician» Frase do momento: «O que é que vais dar a tua namorada?» O meu dia de S. Valentim: Acordei às 10 horas, não tomei pequeno-almoço e fui ao Porto, à sede do Jornal de Noticias, entregar ao professor o dossier de imprensa que alguém incerto perdeu lá na escola. Deixei o carro na escola e fui para o Jardim dos Destroços gravar o cd com o respectivo dossier e tirar fotografias aos ramos das árvores, enquanto esperava pela chegada do meu amigo Bruno. Fomos a pé à sede do Jornal de Noticias e deixámos o cd à entrada, na recepção. Fui buscar o carro. Vim para casa almoçar. Entre as 14 horas e as 14:30, li alguns poemas do livro de Walt Whitman. Até às 15 horas falei ao telefone. Então, peguei nas fotocópias de Teoria do Som e na máquina fotográfica e fui para o jardim, sentar-me a um canto, a estudar. Às 17 horas, vim lanchar. Entre as 17:15 e as 17:45, falei ao telefone. Às 18 horas fui sentar-me em frente ao computador, a (tentar) estudar e a tirar músicas da Internet. Às 19:30 resolvi começar a descrever o meu dia de S. Valentim, coisa inútil e que serve apenas de desculpa para parar de estudar (a descrição, não o dia…). Daqui a bocado vou jantar. Depois de jantar, vou ao cinema ver «Lost in Translation», com um estudante de Tradução. Depois, devemos ficar a conversar um bocado sobre o filme, partindo daí para as nossas vidas pessoais. Depois, em princípio, venho para casa dormir. Damon at 8:09 da tarde
Frase do momento: «Nao sei.» Insignificante. Sinto-me assim, por vezes. Demoro algum tempo até me aperceber da minha falta de importância mas depois há sempre alguém que me lembra. Sou muito bom… quando não há mais ninguém. Surge uma oportunidade e dispensam-se os serviços. Estou cansado. Mesmo as pessoas insignificantes têm sentimentos e necessidade de feedback e o silêncio é uma coisa que dói. Damon at 12:31 da tarde
Frase do momento: «Nothing's changed but nothing seems the same», Lightning Seeds («Touch and go») Os Lightning Seeds sao a minha banda dos sorrisos, dos dias que nascem com o sol inteiro num ceu azul. Talvez por isso, apesar de ter os albuns todos (comprados!), incluindo o best of, nao os oiça muitas vezes. Contam-se pelos dedos os dias em que me apetece ouvir musica alegre... De qualquer forma, esta banda de Liverpool ja me acompanha ha uns anos e algumas das suas cançoes estao inevitavelmente ligadas a momentos importantes da minha vida. «Thinking up looking down» e a terrivelmente inesquecivel viagem a Sintra, em 1997. «Three lions» e o Euro 96, em Inglaterra. Et al. «Lucky you» e a cançao mais conhecida e lembra-me os Brit Awards de 96, quando estes ainda tinham alguma credibilidade (ainda nao havia Craig David's ou Geri Halliwell's) e eu tinha ca em casa todos os albuns nomeados, os fantasticos «The Bends», dos Radiohead; «The Great Escape», dos Blur; «Different Class», dos Pulp; «(What's the story?) Morning Glory», dos Oasis. Os Seeds estavam nomeados para melhor banda e o «Mestre» David Bowie recebeu o premio-carreira. Eu andava a sonhar com olhos azuis e fazia(mos) das tardes uma eterna brincadeira. Os Lightning Seeds eram uma boa escolha para incluir na banda sonora dessas tardes... Damon at 3:28 da tarde
Frase do momento: «Quero dormir.» Dancemos, eu e tu. Saltemos no escuro, entre o vento e as cortinas rendadas de estrelas, atípico cenário de Fevereiro. Descrevamos movimentos que fiquem marcados no ar, em fotografias que mais tarde possamos rever em álbuns cor-de-rosa. Somos mais leves do que a nossa aparência. Somos mais rápidos do que as nossas pernas e os braços que se ocupem dos espaços pouco explorados. Não precisamos de ver. Não precisamos de ouvir. As sensações vão muito para além do som e da imagem. Dancemos e então descansemos das palavras, os insultos que nos são impostos em papel limpo, para parecerem aceitáveis. Descansemos do conhecimento, da teoria que é uma ganância de ter muitas prateleiras cheias de livros. Sentemo-nos no jardim dos destroços, conversemos com as árvores, de olhos fechados e em silêncio, abracemo-nos, conheçamo-nos sem que nos nossos lábios as letras tomem qualquer sentido. Passemos a noite na companhia dos seres que mais sabem e que menos falam. Passemos a noite sem frio, sem medo, sem vergonha, sem preconceitos. O dia chegará e lavar-nos-á a cara. Então, havemos de nos despedir e esquecer todas as valsas nocturnas. Então, havemos de ser doutores, cheios de rugas e de sobrolho franzido. Damon at 2:13 da manhã Frase do momento: «Parece que estou a falar para as paredes...» No dia 15 de Março escrevi: «Esta noite, havia um círculo de luz gigante a volta da Lua.» Esta noite, voltei a ve-lo. La estava ele, incandescente, ampliando a Lua e os seus feitiços mil vezes. E o mais interessante e que eu tinha estado a recordar a noite de 15 de Março, minutos antes. Damon at 2:37 da manhã
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |