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Solidão (3 actos) Estar com alguém com quem gosto tanto de estar e sentir saudades, mesmo ali, enquanto conversamos, pressentir o momento a seguir, em que o silêncio me deixa num quarto sem luz. Estar com alguém e sentir-me sozinho, por dentro, apetecer-me pedir para que me virem do avesso e me aqueçam. Me confortem. Não o admitir para não gerar pena. A pena não me faz companhia. Apetecer-me pedir «fica mais um bocadinho» mas pensar «não, que egoísmo da minha parte, estar comigo demasiado tempo deve cansar…». Eu próprio estou cansado de estar comigo. … É engraçado o que podemos fazer para passar o tempo, quando temos um computador. Podemos pôr música a tocar no Media Player e depois acelerá-la para ouvir o efeito. Podemos escrever uma data no calendário do Windows e ver em que dia calha. Podemos mudar os nomes às pastas. Aos documentos. Formatar textos. Patético… … Podia ir ao shopping, gastar dinheiro em roupa (para mostrar a quem?), cd’s, livros e filmes (para partilhar com quem? Para ver e ouvir com quem, no sofá da sala?). Ir ao cinema nem pensar. O terrível peso de não ter ninguém a quem segredar uma emoção do filme… Para variar, não culpo ninguém senão eu próprio. E já não consigo simular diálogos nem forçar uma dupla personalidade me faz sentir menos sozinho. Damon at 10:26 da tarde
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |