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canção do momento: madredeus, "vaca de fogo" Entre os lençóis Entre os lençóis, Temo o nevoeiro, Temo o tempo que leva A que a noite passe E chegue o sol E depois o sol não chega, Apenas a chuva E essa traz na mala As lágrimas de mais alguém. E eu não quero as lágrimas De mais ninguém, Tenho as minhas E as de todas as personagens Que inventei em noites como esta Numa tela que parece branca Mas é uma cova invertida, Mais funda do que o poço da morte, Mais feia do que uma beldade com más intenções. Entre os lençóis, Entre os lenços Que me afagam a testa suada Mas não impedem os pés De tremer ao tocar o ar frio, É assim que me deixo, Desta forma indigna que me abandono Aos cuidados da mãe nocturna. Temo o regresso De uma alma desejada Porque temo que o seu peso Quebre o vaso da minha eloquência (Alguém escreveu “FRÁGIL” na embalagem, Fui eu) E eu não quero juntar pedaços infinitos Às gavetas cheias do pó que, soprado, Me confunde a luz e as horas. Etiquetas: poema Damon at 8:48 da tarde
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |