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quarta-feira, outubro 25, 2006
Daqui, do fundo da tabela, do extremo Sul de uma Europa a várias velocidades, a Escandinávia é vista como um exemplo de prosperidade, não só a nível económico, mas principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento humano, àquele que não se mede pela quantidade de notas no bolso nem pelo número de centros comerciais por metro quadrado. Habituámo-nos a olhar para suecos, noruegueses, finlandeses ou islandeses como «os senhores que nunca deitam lixo para o chão, não dizem palavrões, não conduzem anarquicamente». Vemos aqueles países como tesouros naturais de Inverno, paradisíacos destinos para férias mais frescas, com florestas que misturam o verde e o branco como só nos postais de Natal, lagos espelhados, fiordes e géisers.
Eu sempre quis visitar esses países, na minha curiosidade pelo idílico e admiração latina por culturas mais organizadas do que a minha. Mas há sempre lugar para a desilusão. (ler resto aqui)

Damon at 2:58 da tarde

domingo, outubro 22, 2006

Porque já não o podes fazer

Por tão pouco que te peça,
Uma palavra bonita,
Enfeitada, mas não demais,
Numa caligrafia bem recortada,
Um pequeno sonho
Na peúga de criança
Pendente da lareira…

Não me vais oferecer
Uma canção empoeirada
Que fale de países onde não chove,
Onde o amor é a lei
E a corrupção mais aguda
Se faz de poemas ousados.

Não me vais regar os vasos
Com gotas de chuva,
Nem borrar a pintura
Com quadros demasiado bonitos,
Daqueles que falam do Inverno
Como um bom banho de imersão.

Já os anjos
Que nasceram das cinzas
Esquecidas em cachimbos
E viajaram pelo seu tubo,
Dos teus lábios quentes
Para a humidade embaciada,
Te ergueram num nevoeiro de orvalho,
Brincando com o que resta de ti
Como se também tivesses asas.

Hoje, não te peço boleia.


Damon at 5:27 da tarde