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Detesto as express?es poluentes e pseudo-surfistas «boa onda» e «má onda». Há neologismos que se deviam deixar ficar pelas telenovelas destinadas ? puberdade da TVI... Damon at 3:35 da tarde O vento queima. O vento arde. Uma água com gás moribunda repousa, ao meu lado, reluzindo na ténue esperança de me atrair. N?o sei porqu?, n?o tenho sono. Invento festas no tecto do quarto e espero que me caiam levemente em cima as fantasmas esbeltas que dançam por cima de mim. Troco de posiç?o. Ergo os olhos para a janela que irradia escurid?o. O céu cheio de estrelas preenche todo o espaço ? minha frente. Desaperto parte da camisa que n?o tive tempo de tirar. Espero que uma estrela caia para de novo enfrentar a árdua tarefa de adormecer para o mundo. Ainda se as manh?s nascessem nuas… Damon at 1:19 da manhã Eu ainda sonho que haja montanhas para la do meu horizonte. Eu ainda acredito. E o meu carro serve apenas para la chegar. O meu carro tem dois lugares. É modesto. Tem pó e pedaços do vidro que partiu, um dia. Mas va la, eu nao me importo de nao estar sozinho. Nao me importo. Percebes? O que eu quero realmente dizer é: «Antes a forca que a solitaria!» Mas digo apenas que nao me importo Para disfarçar os exageros, Para mostrar que sou forte, Que sou corajoso E enfrento mares e ventos sozinho. So a neve. So a neve me constipa. Eu ainda acredito. Ainda sonho que haja horizonte para la das montanhas. E que haja estrelas. De que cor serao as estrelas nesse outro pais? (territorio augusto numa eternidade morna) «Antes a forca que a solitaria!» Eu ainda acredito. Eu ainda sonho que haja espaço na tua mao Para mim. Ainda ha espaço no meu carro (tem dois lugares) Para ti. Damon at 1:22 da manhã frase do momento: «De l'endroit, ou je suis, on voit des bras de mer qui s'allongent, qui s'allongent...» (em resposta ao teu comentario, Joana) Pensei por momentos parar o tempo mas se o tempo parasse, a musica deixaria de se ouvir, porque a musica (o piano, o violino, a guitarra, o acorde?o e todos os outros) alimenta-se do tempo. Mas também é verdade que o meu tempo se alimenta de musica. E a verdade é que tenho fome de mais momentos como a verdadeira iguaria que é o tempo passado num concerto de Yann Tiersen... Na verdade, gostava de transformar a minha vida num concerto de Yann Tiersen, cheio de valsas da Amelie... Damon at 12:27 da manhã
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |