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sexta-feira, outubro 17, 2003
Às vezes, só eu percebo a tua dor. O resto do mundo está demasiado longe da vista (hors de la vue), demasiado ocupado na tentativa persistente de encontrar novas formas de guerra para que, então, enfim, possamos alcançar a paz. Há momentos em que o inesperado toma a forma de uma má notícia. A má notícia liberta-se assim numa lágrima que abre o caminho para todas as outras. Deixa que corram. Deixa que a tua sensibilidade (expressão mais bela de ser humano) alivie o momento de tristeza.
Às vezes, estou lá nesses momentos. Às vezes, desvio-me do caminho para que a brisa te refresque. Para que possas respirar um espaço vazio, branco, que seja só teu durante algum tempo. Somos amigos. Às vezes, saio de cena mas é importante que saibas que eu percebo a tua dor. Não são precisas mais metáforas. Eu percebo. Melhor do que os outros.

Damon at 2:24 da tarde


A subjectividade é a derradeira esperança dos feios.

Damon at 2:16 da tarde