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Um Domingo em Dezembro Não veio o vento. Não veio a voz do tempo Anunciando presenças Nem ausências, Essas notadas há já muitas folhas De calendário. Um bloco de notas. Rasgado em pequenos pedaços De linhas tortas, Como as que o homem impotente Mas importante Mancha nas suas horas tristes. Vieram nuvens, Foi vê-las chegar Nos seus casacos de peles, Acenando notas de vinte Que até pareciam gotas de chuva Aos meus olhos patetas. Nunca me lembro Desta presença vazia Nos outros dias, Entendo tudo Como um bom comerciante. Nunca me sento Nesta cadeira feia e fria Nos outros dias, Caminho na margem E o horizonte é gélido E maravilhosamente parado. Mas o vento não veio Hoje E faz-me falta a sua música, Mesmo quando tosse Para cima de mim E me contagia com o terrível vírus Da melancolia. Etiquetas: poema Damon at 5:14 da tarde
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |