lkkk
lkjhg
A distância entre nós Há uma distância Quase marítima entre nós. Nenhum engenheiro se atreveria A projectar uma ponte que nos unisse. Uma estrada comprida, Larga, veloz e confortável Seria rapidamente engolida Pelo pó e pela sua matéria-prima. Tu és como os Balcãs, Sempre desejosos de explodir, Alastrando os braços teimosos Ao resto do mundo. Eu sou como a Noruega, Rica e descomprometida, Só que a minha riqueza Cabe no bolso das calças De uma criança de seis anos. Partilhamos o tempo, pelo menos, Um tempo, uma só oportunidade Para mexer os lábios roídos E apontar um ao outro As armas que trazemos Nas pontas gastas dos dedos. Bendita ilusão, Este vidro, um poço sem água, Uma janela sem vento. Apesar de todas as léguas, Todos os metros e litros, Posso sempre ver-te Se me puser em frente ao espelho. Etiquetas: poema Damon at 6:00 da tarde
|
outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |