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canção do momento: brett anderson, "to the winter" Um saxofone pegajoso cola-se-me aos ouvidos. Dá boleia à voz de dor de dentes de Brett Anderson. Adoro esta voz e as lágrimas que me provoca. Adoro a aspereza dos poemas atrapalhados, amargos e atrapalhados, como quem precisa urgentemente de fazer sangrar uma veia. Vinte para a uma – e não uma e vinte como no relógio do costume – e não arranjo coragem para me ir deitar e ainda ao jantar jurava a mim próprio que ia para a cama cedo. Escondi as desistências num filme, um daqueles onde nunca ninguém está sozinho. A não ser o espectador. Esbocei entusiasmo na recta final da autobiografia de Ingmar Bergman. Li as últimas páginas, interiorizei e o entusiasmo já era. Fiz pesquisa para um possível romance, brincando aos escritores fiz de conta que a amargura serve para alguma coisa, neste caso, de inspiração. E não resisti a este apelo. Nesta altura, o saxofone deu lugar ao piano. Cada um no seu canto. Sozinhos. A voz do Brett Anderson continua dorida e dolorosa. Adoro a dor da voz dele. Uma pessoa habitua-se. Etiquetas: brett anderson, desabafos, inglaterra Damon at 12:49 da manhã
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |