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domingo, maio 30, 2010
Lost without you



As séries, ao contrário dos filmes, são muito mais do que instantâneos que se guardam na gaveta depois de vistos uma vez. Duas, três, quatro, que seja. Continuam a ser memórias isoladas. As séries tornam-se hábitos, rotinas como o café dos domingos de manhã ou a ida ao bar, à sexta à noite. Isso acontece mesmo que as vejamos de uma assentada e não esperando pela tradicional transmissão televisiva. Seis temporadas equivalem a muitas horas, acima de tudo a uma ilusão de cumplicidade extraordinária. Não fosse uma – desejável – racionalidade a relativizar as coisas, e o fim do Lost equivaleria a uma amarga despedida de muitos amigos chegados. Claro que entretanto outras séries tomarão o seu lugar e rapidamente me habituarei a “sair” com outras pessoas, noutros sítios, com outros temas de conversa.

Ao longo da série, houve – como é normal em qualquer um – personagens que fui sentindo mais próximas, por razões diferentes: pelo carácter, pela beleza, pela qualidade do actor ou da actriz. Por estes e por outros motivos dificilmente explicáveis sem a ajuda de um psicanalista, o Locke, o Sawyer, o Ben Linus, o Desmond e – claro – a Kate destacaram-se das outras, mesmo tendo em conta o inegável talento do Matthew Fox (Jack) ou do Naveen Andrews (Sayid). Aos actores que deram vida a todas estas personagens, espero vê-los em breve noutras paragens. Mesmo correndo o risco de os confundir com os passageiros do voo Oceanic 815 e consequentes conhecimentos.

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Damon at 6:04 da tarde