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quarta-feira, fevereiro 04, 2009
Frente ao espelho I

Cá estou eu,
Mais uma vez,
Frente ao espelho.
Fina tela de gozo.
Espera por mim todos os dias.

É como se do outro lado
Eu fosse mais feio,
Pior ainda porque o vidro
Se foi riscando
Com o cair da areia
Da erosão dos tectos.

Cá estou, no entanto, incapaz
De me pôr a andar,
Dar de frosques
A toque de corrida,
Sem nunca voltar o pescoço
Para dizer adeus.

Limito-me a
Contemplar a figura odiada,
Desejar outra em lugar dela,
Chego a ter pena do que vejo.

Fico aqui horas a fio,
Cosendo incapacidades,
Inércias e indecisões.

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Damon at 6:09 da tarde