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Ontem, depois de jantar sozinho num restaurante cheio de gente, vim olhar o mar do ponto mais alto na marginal de Plymouth, junto ao farol. Conseguidos os segundos de solidão desejada na violenta imensidão da solidão indesejada, encostei-me ao mirante de pedra e contemplei. Mais para dentro do que para fora. Um homem gordo, de cachimbo preso nos lábios, aproximou-se, transpirando o mesmo mal que me trouxe aqui. Que me leva a todo o lado. Cumprimentámo-nos. Em passadas pouco subtis, foi-se chegando. Olhando-me de alto a baixo como um detector de metais. Não sei se passava mais tempo a ver o mar ou a minha expressão de dúvida. Disse-me “está a ficar fresquinho. Ainda bem que trouxe a minha camisola”. Eu respondi com sorrisos e leves acenos. Olhava-me para a mochila, o que me levou a pôr a hipótese de estar perante mais do que um mero curioso. Foi só passados alguns pensamentos que me apercebi do perigo daquele homem de olhar rebaixado ser eu daqui a vinte anos. Desejei-lhe uma boa noite e fui-me embora, contrariado. Damon at 11:09 da tarde
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |