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Hoje, apeteceu-me bater em alguém. Nada de muito extraordinário, embora também não se pense que sou do género violento. Apeteceu-me bater em alguém incerto, sem vinganças pessoais ou qualquer tipo de discriminação. Caminhava, junto ao mar, estava vento e os banhistas eram passados pelo pão ralado da areia. Costuma ser bom caminhar de olhos hesitantes entre o caminho – que há quem diga “se faz caminhando” – e o grande deserto azul. Hoje não. Pensei muito, mas é mesmo isso que costumo fazer, ao ritmo dos passos mais ou menos rápidos. E foi nessa altura que me apeteceu dar um murro em alguém. Enquanto pensava na vida que não levo, em esforços estilhaçados na rocha, na distribuição mal medida de sucessos, em todos aqueles que ontem lá estavam, hoje não se sabe bem por onde andam… Eh, pá, é que me apeteceu mesmo bater em alguém! Tanto que esse alguém começou a ganhar contornos e a já não parecer tão incerto. Tanto que quase bati em mim mesmo, para não variar. Simbolicamente, claro, como uma homenagem azeda. Etiquetas: andar a pé, mar, murros, violência Damon at 9:15 da tarde
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |