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canção do momento: the divine comedy, "to die a virgin" Nada de especial. Nem convém dar importância a episódios destes. Mas não deixa de fazer pensar na efemeridade das relações humanas, na irracionalidade dos gestos mais pensados. Eu explico. Passeávamos num parquezinho perto de nossas casas quando avistámos ao fundo um indivíduo do sexo feminino fazendo o seu jogging vespertino na direcção contrária e, sem hipocrisias, reparámos nas abundantes formas esféricas que lhe povoavam o peito – há sempre uma forma estupidamente cara de dizer as coisas. Uns dois segundos depois, ambos devemos ter pensado se seria a nossa antiga colega de turma – uma daquelas que, não sendo amigas, faziam parte do núcleo com quem nos dávamos bem. E eu, em particular, não me dava bem com muita gente, naquela turma. Bom, confirmámos as suspeitas e preparámo-nos para o encontro – o “então, o que tens feito, blá blá”. Não é que a nossa avantajada amiga, de auscultadores colados aos ouvidos por via do cerúmen, se limitou a baixar os olhos e a seguir? E mais uns minutos, repetia-se a situação. Rapidamente concluímos que não valia a pena comentar. Mas estou certo de que ambos ficámos a pensar nisso. Em quê, concretamente, não sei. Etiquetas: existencialismo, formas esféricas, jogging Damon at 6:04 da tarde
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |