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canção do momento: nick cave and the bad seeds, «we came along this road» Existem manhãs-tardes-noites em que a janela parece demasiado pesada para se abrir. Em que os músculos do seu puxador metálico, enferrujado pela chuva interior, se sobrepõem aos braços da vontade. E mesmo quando ela se abre, renitente, uma infinitude de outras janelas por abrir afasta o ar puro – qual oxigénio, é vontade – dos meus pulmões negros de uma nicotina que é toda ela cinza quando nasce. Só. Ela própria uma palavra com mais letras do que o próprio estado de espírito. Só. Devia ser a única palavra dos dicionários com apenas uma letra. Seria suficiente. E depois o ridículo. Lembrar-me de uma canção pimba que os altifalantes das festas de verão costumam tossir numa voz de ovelha negra: «ai solidãããão, solidããããão…». E depois o medo. A voz da Clara Ferreira Alves e uma infâmia – tão infame de tão verdadeira – pronunciada num programa de televisão: «Raramente os escritores são felizes». E agora? Fico feliz se um dia for escritor quando não posso ser escritor se um dia for feliz? E depois este céu que parece que enferruja… Damon at 2:39 da tarde
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |