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segunda-feira, dezembro 18, 2006

Sentei as palavras num café, de manhã, para fugir ao vício dos dias a começar à tarde. Pedi um croissant aquecido, com manteiga e uma garrafa de UCAL, de onde jorram sempre memórias que sabem bem, nesta altura do ano.

Pensei em presentes. Pediram-me uma lista, crença desesperada de que o Pai Natal ainda esteja vivo. Também as peço, de vez em quando, e talvez seja assim que um pouco erradamente ele sobreviva.
De uma forma mais do que certa, também sinto a sua falta sob a forma de um sorriso de olhos grandes e carinhosos. Penso nisso. Sinto a mais lusitana das palavras e talvez uma ou outra de um dicionário um pouco mais vulgar mas nem por isso mais banal.
Penso também num Natal que adormecia, moribundo, desde há um ano, e que quer fazer força para se aguentar de pé, como eu queria e como ela quereria. Depois de nos despedirmos fisicamente, da revolta e da guerra, eis que dois novos seres se aproximam para dar esperança ao mundo (pelo menos, ao que cabe dentro de minha casa) mas nunca para a apagar de nós. Abro-lhes as portas como abro as janelas ao sol.


Damon at 12:18 da tarde