lkkk lkjhg
quinta-feira, abril 14, 2005
As horas mortas

Horas que morrem,
Atropeladas por autocarros
Desgovernados,
Cruéis e ávidos de tempo,
N?o as vejo
E atravesso sempre
Na passadeira.

As horas moribundas,
Gordurosas,
Transpiradas pelo excesso
De exposiç?o ao sol,
Acenando, a custo,
Os ponteiros desiguais,
Um para cada lado.

Horas que morrem
E que matam
Porque d?o que pensar
E sobretudo
Porque d?o tempo para pensar.
Horas cruéis!

N?o tenho tempo
Para ver as horas
Que morrem,
Deixo-as morrer
Numa eutanásia cobarde
De quem tem medo
De ter tempo.

Damon at 12:52 da tarde