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Eu sei que n?o existe mas apetece-me lá ir e sentar-me, numa esplanada submersa, enquanto os peixes percorrem as estradas livres ? minha volta. Eu sei que nunca poderia existir, seria demasiado normal para pessoas como nós, seres fragmentados, espalhados no corpo como brinquedos no quarto desarrumado. Um dia, disseram-me para deixar de ser assim, para me aproximar da leveza sem obrigaç?es nem constrangimentos e partir, com um sorriso bem pintado no rosto cheio de base, em direcç?o ? multid?o. «Talvez ainda possas ser alguém», disseram. Nunca consegui levar a sério as palavras de alguém que nunca se despiu. Alguém que, por mais que tire a roupa, tem sempre mais algum casaco, mais alguma camisola interior escondida. Nós somos demasiado reais para nos adaptarmos ? realidade. Somos demasiado verdadeiros para existir. Apetece-me lá ir e sentar-me, numa esplanada submersa, e ver quanto tempo aguento sem respirar. Damon at 12:45 da manhã
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |