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Acordar tarde e repentinamente. Sentir nos lábios a amargura e na garganta a acidez de quem gastou todos os sorrisos enquanto sonhava. O dia não presta. Há muito que a vida vivida desta forma passou o prazo de validade e a garantia há muito deixou de ser garantia de alguma coisa e o manual de instruções é agora uma relíquia escrita numa língua morta, pronta a ser exposta na Biblioteca Nacional. Como disse, um dia, o amigo Graham Alexander Durham (suponho que as palavras eram minhas, portanto, passo a citar) «I am the heir of Shakespeare's dreams and the dreamer who never tasted its true flavour.» Acordar tarde. Não falta muito, chamam-me para almoçar. Dispenso o alimento vulgar. Há outra parte de mim que morre à fome. Mantenho-a viva com o optimismo das canções tristes. Damon at 12:31 da tarde
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |