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terça-feira, outubro 07, 2003
A mão que embala o meu berço

São carícias, estas músicas,
A voz que me canta palavras de poetas
Que nunca me conheceram
E me conhecem tão bem.

Ouve-se a água lá fora.
Os ritmos grossos das gotas
Que castigam o vidro por ser tão frio
E duro.

E eu adormeço nas mãos da tua voz,
Aquecido pelo tecido
Que alguém maior do que eu
Transformou em roupa macia.

Às vezes, não me lembro do sítio onde estou,
Penso que habito o rio
Que corre por entre os teus seios,
Esqueço-me da letra da canção que me cantas.

Sou apenas
Uma folha de outono nas tuas mãos,
Se as apertares com muita força,
Desfaço-me em pedaços de nada.

Sei que nunca o farias, Mãe.

Damon Durham.

Damon at 4:12 da tarde