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Grandes Agradecimentos ao Pedro Rios pelo auxílio prestado na resolução do problema dos acentos que espero já esteja resolvido. De volta. Após complicações com a internet caseira. Espero não chegar demasiado tarde... Ainda está aí alguém??? As pessoas olham para o rio As pessoas olham para o rio. E ao mesmo tempo perdem-se em beijos que alternam com fotografias reluzentes onde os sorrisos se guardam eternamente ou até que a chuva amoleça o papel tornando-o vulnerável. As pessoas olham para mim, sentado aqui, encostado às boxes, de mãos na caneta e no papel, sem pudor de riscar, sem vergonha de exibir perante a praça pública o mais íntimo das minhas palavras, o mais profundo das curvas de todas as letras do alfabeto. Elas olham para mim como para uma ave rara, um ser esquisito, digno de um estudo aprofundado pela Faculdade de Ciências. Passam e disfarçadamente fixam o olhar no caminhar dos meus dedos, no saltitar da ponta da caneta ao longo dos campos que se vão sarapintando de azul. Mesmo assim, há mais pessoas que olham para o rio. De vez em quando assustam-se com os pombos ou com o grito esfomeado de uma criança. De vez em quando lembram-se de que a vida não acaba aqui, não se fixa nestes jardins. Às vezes petrificam na memória de um dever que aguarda, de um crime cometido pelo esquecimento consciente. Mas a maior parte do tempo eles olham para o rio. Vêem-no a passar e a ficar. Vêem-no a nunca estar quieto e no entanto a permanecer, a nunca lhes fugir da vista. As pessoas vêm para aqui para olhar o rio. E para se beijarem. E para tirar fotografias. Eu venho para as ver. E para escrever. Palácio de Cristal (Porto), 19 de Agosto de 2003. Damon at 4:05 da tarde
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |