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Fui buscar mais um ao caderno preto (este já está um bocadinho rasgado e tem na primeira página uma anotação que diz «a vida é cheia de nomes boi ando»...). O poema é do «já» velhinho «A verdadeira vida está ausente», de Maio de 1999. É do tempo em que ainda me preocupava com rimas, mas gosto dele. Corpo que sangra As pessoas no autocarro; Os putos de cigarro Na mão; No parque, os velhos que conversam; Não te vêem... Os radicais de rádio portátil; As mulheres que do fútil Fazem conversa; Os que andam sempre com pressa; Não te vêem... ...Nem o teu corpo que sangra, Que me recusa como ajuda, Nem o meu coração que se arranca Ao ver-te ali, muda. O motorista do autocarro; O sujeito do banco ao lado; Não vêem, Não reparam no que precisas, Não vêem O que eu vejo dentro de ti: Um corpo que sangra E uma alma jovem que sorri Para não precisar de mim. Deixa-me amparar o rio, Aquecer o sangue (está frio). Deixa-me proteger-te. Eles não te vêem nem querem ver-te. Damon Durham. «Still this house is empty now» na aparelhagem. Anne Sophie von Otter, o que é que estás para aí a dizer? Damon at 7:37 da tarde
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |