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sábado, fevereiro 01, 2003
Manhã de Sábado

Saí de casa, manhã cedo, para retomar um hábito há já algum tempo perdido. Aproveitando o azul do céu e a luz do Sol como guias, fui a pé em direcção à cidade onde tantas vezes me encontrei. Apoiado pelo inevitável discman, caminhei a uma velocidade despercebida, pensando em TI e em NÓS. Também fiz as inevitáveis comparações entre a jornada que passa e tantas outras em que percorri exactamente o mesmo caminho. As manhãs de sábado costumavam ser assim, no tempo em que castelo se escrevia com acento de circunflexo. Eram os tais tempos agridoces. Sim, porque a depressão fazia de mim uma cria sua, por essa altura e, no entanto, tenho saudades dos beijos do vento, da sua voz feminina que me consolava quando outras vozes do mesmo sexo me expulsavam do caminho da sua respiração. Foi então assim que passei grande parte da manhã de hoje. Chegado lá, à cidade onde outrora tentei erguer um jardim, procurei o companheiro que, no Sítio de Sonho, supostamente despertaria para o mesmo dia que eu. Verificando que ainda viajava pela realidade da fantasia, tomei café perto do local de onde parecia que eu nunca sairia e voltei para trás, pelo mesmo caminho, embalado pela música, como sempre, em direcção ao local de partida. E senti-me bem a passear pelo passado, que talvez seja o meu país. O presente não é nada. O futuro ainda não é. E as saudades ficam...

Damon at 3:44 da tarde