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Estou perto do sítio onde o sol não chega. Onde o som do silêncio é o mais terrível ruído. Esta noite apeteceu-me conduzir mar adentro, sem fronteiras entre nós e a água e o horizonte escuro. A dança das armas não pára. Em redor da minha cabeça, as bailarinas da morte esperam a minha ordem para disparar. Disparatar. É isso que eu estou a fazer, não é? Sinceramente, neste momento, apenas me interessa que as palavras que ardem como ferros em brasa se libertem da minha alma através do meu corpo: dos meus olhos, da minha boca e dos meus dedos. Há muito que o desejo inconfessado se repete nos meus ouvidos pelo lado de dentro. Há muito que a frase aparece quando eu não a quero, personificando a vontade de alguém que deve estar dentro de mim. Alguém que me quer dar uma viagem. Viajei tanto. Saboreei o vento na barca dos sonhos, enfrentei as tempestades de pé, sem me agarrar a nada a não ser os amigos e as coisas invisíveis que tenho na alma. Saboreei o vento. Nada mais. Queria um outro sabor, esse sim já confessado. Estou cansado. Estou embriagado e a substância que me drogou veio de dentro de mim. Devo ter algum cigarro com a ponta ardente encostada ao meu peito porque é isso que eu sinto. Gosto de Shakespeare. Li demasiado. Vi demasiados filmes. A vida é outra história... Damon at 11:42 da tarde
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |