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Amanhã é uma vida inteira Lembras-te de quando eu dizia Que qualquer dia era importante? Nessa altura, o sol ainda aparecia, de vez em quando, Levava-me a ter esperança E a andar de camioneta pelos campos. Não há novidades desde então, Pelo menos, que te possam fazer sorrir, Meu perfeito mundo, delicada flor Inacessível, fechada no casulo das tuas pétalas, Na elegância do teu novo sorriso. Sou um pobre de espírito, As ideias são muitas, valem menos de 1 cêntimo, Tocam na rádio de vez em quando E chamam-se recordações da vida inteira, A maioria nunca aconteceu. Será que me entendes? Será que repetes as minhas palavras, O diário neurótico de um astronauta, Na voz encantada que me conta histórias Todas as noites, enquanto estou a dormir? Será que percebes Que o espelho mente, O presente não é mais do que A recordação do passado, O espelho mente E a Joana tinha razão: Já passei dos oitenta. O espelho mente, Já vivi a vida inteira, Revivi cada momento Num só dia sem ninguém. O espelho mente. E o calendário também. Amanhã não é um dia. É a vida inteira, todos os anos, 24 horas de um filme independente, Sem público mas com muitas nomeações para o Óscar Que nunca ninguém ganha porque nunca ninguém quer ser Melhor Actriz Principal. Amanhã não te sintas Como eu sempre sem ti. Damon Durham Damon at 1:59 da tarde
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |