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Talvez os meus olhos Talvez os meus olhos vejam um pôr do sol que não existe, Talvez seja uma ilusão de óptica, um prazer que só a fantasia poderia dar à luz. Não há nuvens que me dêem boleia até ao fim dos dias, é pena que um dia assim tenha que morrer para dar lugar a outro que será certamente cinzento como as sensações estranhas. Há sensações estranhas que são cor de rosa, outras que não têm cor nem cheiro nem vida. É estranho não ter vida, é quase como estar morto mas dói mais. Dói-me o pôr do Sol, por exemplo. Queria pedir-lhe que ficasse para sempre, guardado no meu olhar há muito esperançoso de um dia assim. Mas o fim existe. Pelo menos na dura realidade, a traição dos meus sonhos introvertidos. Já deves ter reparado que deixo escorregar a alma pelos dedos que martelam nos teclados o ferro que construirá o barco com que me farei ao Tejo, onde um dia deixei ficar uma força mais forte do que a corrente. Fui atraiçoado e levaram-na para a outra margem, para lá de Almada e do horizonte, longe de tudo o que é longe e perto. Conheces-me melhor do que pensas. Sou um livro aberto na página da conclusão, onde são descritos em síntese todos os conteúdos da história, mesmo os mais negros, os que doem. Dói-me a história. Damon Durham. Damon at 9:50 da tarde
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outras praias
where words come together as waves, blue and beautiful, dying in the whiteness, but repeating themselves like music notes, from sunrise to sunset to sunrise again. um livro: «Saudades de Nova Iorque», de Pedro Paixão. um filme: «Memento». um disco: «King of limbs», Radiohead. |