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sexta-feira, janeiro 31, 2003
«Homens sensíveis»

Nós somos os homens sensíveis,
Os monstros do mundo embrutecido
Pelo dever de parecer mais forte,
Somos o esquadrão da morte.

Espalhamos nas nossas palavras
Sentimentos que largamos como napalm
Nos corações das novas mulheres,
Que adoecem e se transformam em seres humanos.

Só nos faltam antenas,
Somos os extraterrestres,
A nova etnia hostil,
Queremos transformar o mundo
Numa amorosa Chernobyl.

Conquistamos corações
E não territórios,
Matamos com carícias
E não com Kalashnikov,
Sofremos (somos moles
Como Molotov).

Nós somos os homens sensíveis,
A doença que é preciso combater
Com armas geladas, olhares de indiferença,
Somos a mais incómoda presença.

Mas descansem as novas mulheres
Que preferem a força das armas
E a brutalidade da indiferença,
Matam-nos lentamente,
Destroem os nossos corpos quentes
Com veneno de uma serpente
De metal frio, duro e impecavelmente sujo.

Talvez a vossa frieza enferruje.

Damon Durham


Damon at 9:53 da tarde